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Comunicação em TI : 11 Fatores Críticos de Sucesso

Comunicação em TI : 11 Fatores Críticos de Sucesso

Contexto

A falta de comunicação em projetos e processos de TI é largamente reconhecida. Não lembro de ter passado por nenhuma reunião de assessment /avaliação de TI sem que o entrevistado não mencionasse suas frustrações e preocupações por conta deste tema. Também nas reuniões de planejamento e priorização de melhorias da área de  TI este é um dos tópicos unânimes entre os gestores.

 

Por que é tão difícil comunicar?

Se todos nós sabemos da importância da comunicação nas operações de serviço, assim como em qualquer projeto ou atividade produtiva e, ainda assim, sofremos com os efeitos negativas da má qualidade da nossa comunicação, qual a dificuldade para reverter este cenário?

Alguns dificuldades percebidas são :

1.Comunicação de qualidade dá trabalho mesmo. Há fatores objetivos mas muitos outros, subjetivos a serem tratados. A capacidade de interpretação do seu interlocutor é um deles;

2.A natureza humana parece ser de comunicação limitada; Além disso ela é cultural, regional, tribal.

3.A era da super conectividade trouxe facilidades mas problemas também, como por exemplo, uma variedade muito grande de interlocutores cada um com um background diferente e às vezes vivendo em culturas desconhecidas para o emissor da mensagem;

4.Será que conseguimos dar atenção ao que é relevante tendo em vista o bombardeio de dados/mensagens/informações todos os dias?;

5.Na era da internet, quais fontes são fidedignas?

6.As forma de trabalho colaborativas ajudam muito mas será que não nos fazem perder foco também? Qualquer um pode opinar em nosso trabalho quando estamos colaborando na intranet da empresa? Quais são os interesses dos colaboradores, todos estão alinhados em relação ao objetivo maior do negócio?

Propondo melhorias

Elencamos 11 fatores que podem ajudar a melhorar a comunicação na prestação de serviços de TI.

1.Qualificação dos Stakeholders dos Serviços

Compreender quem são os diferentes interessados, participantes, envolvidos com um serviço é fundamental para adequar a comunicação com cada um deles. Geralmente seus objetivos e interesses com relação àquele serviço são muito diferentes. Claro, para isso um modelo de operação orientada a serviços facilita o trabalho de mapeamento.

2.Stakeholders típicos são : (1) clientes, (2) usuários, (3) diretor de área cliente, (4) pessoal da operação, (5) gestor do serviço, (6) terceiros, (7) auditores do serviço, (8) agentes externos como governo e a própria mídia, (9) gerentes de projeto, (10) parceiros de negócio, (11) centrais sindicais.

Pode-se então agrupar os stakeholders por áreas de interesse visando boa comunicação, como por exemplo : (a) informações estratégicas, (b) informações financeiras, (c) informações operacionais, (d) informações sobre interface com clientes, (e) informações de interesse público, (f) informações privilegiadas para concorrências.

3.Estratégia de Comunicação

Toda comunicação deve ter um objetivo e, claro, com direcionamento do que a empresa considera mais relevante para seu negócio.

Alguns pilares de um plano de comunicação podem ser, por exemplo :

(1) Estabelecer uma visão clara sobre os objetivos e prioridades do negócio;

(2) Esclarecer as políticas da empresa;

(3) Identificar e manter patrocínio dos envolvidos com os objetivos da empresa;

(4) Remover barreiras internas;

(5) Construir parcerias.

Ou seja, como tudo na vida, a comunicação também é política!

4.Plano de Comunicação

Pela diversidade de stakeholders de um serviço pode-se imaginar que somente com um plano de comunicação para aquele serviços e seus processos de gestão, pode-se adequadamente realizar a comunicação efetiva durante todo o ciclo de vida do serviço.

Muito vago? Que tal você chegar ao banco em seu horário de almoço, com tempo contado e raro, para fazer um depósito de suma importância e, somente aí, na porta do banco, descobrir que houve mudança no horário de atendimento? Algum impacto negativo na sua rotina?

5.Um bom plano de comunicação de serviços deve conter :

(1) Quem é o mensageiro?

(2) Qual é a mensagem? Qual seu objetivo? Qual o Estilo? Quais os fatores críticos de sucesso?

(3) Quem é o público alvo?

(4) Qual o melhor meio de comunicação para aquele objetivo e público?

(5) Sincronismo e frequência da comunicação.

(6) Método de comunicação.

(7) Fornecer um mecanismo de feedback.

 

6.A comunicação como Processo

Dentro de cada processo de gerenciamento de serviços de TI deve haver um fluxo claro de comunicação.

Quem precisa saber do que em cada momento? As matrizes RACI ajudam bastante neste sentido.

 

7.Gente especializada faz diferença

Sempre que, em nossos projetos, envolvemos as áreas de marketing interno, os resultados foram muito bons.

É importante reconhecer nossa limitações e nós, de TI, não temos a mesma especialização que estes profissionais.

Lembro bem de um gerente de TI que estava avaliando qual MBA deveria fazer. Pois ele estava entre finanças, marketing e comunicação. Inteligente a meu ver.

 

8.Verificação sobre a Efetividade da Comunicação

Apesar de todos os esforços, somente quando perguntamos do outro o que ele entende das nossas mensagens é que podemos avaliar nossa efetividade.

Feedback é fundamental.

 

9.Adequação das ferramentas de Monitoração

Este é um trabalho a parte. O caso típico são as implantações de ferramentas de gerenciamento de eventos (monitores) que geram milhões de eventos de tipos diferentes sem que se possa dar um significado adequado para todos estes dados.

Aqui se faz necessário filtro sobre o que se vai monitorar e dar significado aos conjuntos de dados através de sua correlação e tradução. Cuidado com o gerente caixa cheia, que mencionamos anteriormente.

10.Adequação do dashboard de TI

O mesmo vale para indicadores de desempenho (KPIs). Precisam de filtro, análise e tradução para fazerem sentido para a maior parte de seus interessados.

11.Segurança da Informação

Toda comunicação deve respeitar os princípios básicos da segurança da informação : confidencialidade, integridade e disponibilidade.

Boa comunicação (Ανακοίνωση, em Grego) a todos!

Serviços ILUMNA associados :

Consultoria : Gerenciamento de Serviços de TI e Governança de TI

Treinamento : ITIL MALC (Managing Across the Lifecycle)

Para Descontrair

Assista ao vídeo, muito engraçado, do grupo inglês Monty Phyton sobre comunicação.

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O Service Desk entra em Campo, de Rugby !

O Service Desk entra em Campo, de Rugby !

 

 

 

A ideia central

O Service Desk, antigo Help Desk, muito antigo “Atenda ao Telefone quem, do Suporte, puder!”  têm visto a sua função expandir fronteiras de forma vertiginosa.

Partindo de um aglutinador de ligações solicitando suporte técnico à área de TI assume hoje, em muitas empresas, a posição de canalizador mor para todas as demandas  (TI e não TI, mais recentemente com o CSC – Central de Serviços Compartilhados) de usuários internos e também clientes externos.

A partir de sua posição “estratégica” servindo de “ponto de encontro” de usuários e áreas de fullfilment, passando pelas áreas de projetos e até de marketing, RH e Qualidade, o Service Desk tem apoiado decisivamente :

(1) a comunicação na empresa, quando por exemplo avisa usuários sobre a futura interrupção planejada de serviços;

(2) a redução de riscos em projetos, quando sinaliza para a área de projetos e transição de serviços horários de pico de utilização de serviços pelos usuários;

(3) a melhoria continuada da qualidade, quando sintetiza as reclamações dos usuários sobre falhas e degradações recorrentes dos serviços;

(4) os ganhos de eficiência da empresa, quando identifica processos internos passíveis de automação e fullfilment através de sua própria engrenagem de tratamento de solicitações e integração com fornecedores.

 

Sintomas

O reposicionamento é muito bom mas trouxe dores de cabeça.

Mais do que nunca, o Service Desk precisa lidar com uma questão difícil e intrínseca de sua atividade, ela é “People Inside e People Outside”. Mexe com gente, em bom português.

Muitos gestores de Service Desk estão atentos para resolver questões operacionais como : (1) falta de infraestrutura adequada, (2) falta  de habilidades interpessoais, de comunicação, (3) de conhecimento técnico e até de (4) postura e educação primária no trato com as pessoas, culminando com (5) falta de ferramentas de software para automação e apoio ao seu dia a dia.

Também encontramos gestores de Service Desk tratando questões mais gerenciais como : (1) falta de planejamento de capacidade (quantidade de atendentes e mensurarão da sua produtividade média), (2) falta de ações para retenção de recursos e desenvolvimento profissional (skills técnicos) (3) culminando com falta de definição da melhor arquitetura para a organização (central, local, virtual).

No entanto é notória a presença de sintomas como : (1) sentimento de isolamento com relação às demais áreas de suporte, (2) falta de força política para intervir em processos de fullfilment, (3) sentimento de último a saber sobre novos projetos, serviços e SLAs negociados, (4)  falta de informações sobre eventos geradores de picos de demandas, (5) falta de transferência de know-how para aumentar sua alçada de suporte e (5) falta de respaldo frente às responsabilidades não cumpridas dos usuários no uso dos serviços.

 

Iniciativas

Fora as iniciativas tradicionais no campo da educação, comportamento e processual, o gestor de Service Desk precisa entrar em “campo” para conquistar espaço em pelo menos duas novas frentes de “batalha”, condizentes com seu novo posicionamento, a (1) frente política e a (2) frente de integração.

Na frente política, algumas exigências são cabíveis, tais como :

(1) Ter um assento no CAB (Change Advisory Board), para saber/votar sobre mudanças que impactarão seus usuários;

(2) Fazer coligação com os SLMs (Service Level Managers) na hora de fechar acordos sobre SLA com justa causa para as responsabilidades dos usuários;

(3) Que defina-se o ownership dos tipos de atendimento e que naqueles sob responsabilidade do Service Desk, este seja “empoderado” para representar a direção da empresa frente a fornecedores e demais área de suporte e fullfilment.

Na frente integração, algumas exigências também são cabíveis, tais como :

(1) Que haja uma definição sobre sua alçada de atendimento e dependendo disso que as áreas de suporte mais especializadas efetivamente fechem a retaguarda do “time” através do fornecimento de transferência de know;

(2) Que todos os fluxos de comunicação desde a transição até a operação de serviços envolvam o Service Desk;

(3) Que as áreas de marketing, qualidade e RH participem o Service Desk sobre suas estratégias e decisões.

 

Processos de Apoio

O “novo” Service Desk, tende a canalizar todas as demandas e por isso precisa atuar diretamente com vários processo e indiretamente com vários outros.

Diretamente temos o Gerenciamento de Incidentes (para resolução de falhas), o Cumprimento de Requisições (para dar vazão às solicitações de serviço catalogadas) e o Gerenciamento de Mudanças (para dar vazão às solicitações de serviços não catalogadas).

Indiretamente temos o Gerenciamento de Catálogo de Serviços e Gerenciamento de Nível de Serviço (para estabelecer as regras do jogo, quais serviços serão atendidos e com que graus de qualidade), o Gerenciamento de Conhecimento (para fornecer as bases de dados de scripts e soluções), o Gerenciamento de Problemas (para fornecer as bases de erros conhecidos) , o Gerenciamento de Mudanças (para comunicar os impactos das novas transições de serviço) e o Gerenciamento de Ativos e Configuração (para oferecer a base de dados de configuração dos equipamentos e serviços atendidos).

 

Resultados

Três bons resultados de um Service Desk maduro seriam a centralização efetiva das demandas, oferencedo bem estar ao usuário e grande potencial de planejamento para os gestores dado o controle obtido, a automação de processos internos no tratamento das solicitações, aumentando eficiência operacional como um todo (redução de custos) e a redução de riscos associados a mudanças mal planejadas (do ponto de vista dos usuários principalmente).

O ápice seriam os órgãos públicos captarem esta disciplina e nos atenderem pensando em nossa satisfação enquanto cidadãos.

Muitos gestores de Service Desk reclamam da “pancadaria” sofrida tanto do lado dos usuários e clientes como das áreas de suporte mais especializadas.

No rugby também temos pancadaria mas há regras claras que oferecem limites e nunca entra-se sozinho em campo, há uma formação de grupo pensada para quebrar os bloqueios e correr firme, mesmo que passando a bola para trás, até a linha de chegada do GOAL.

 

Cursos de Especialização

Na linha dos cursos do ITIL® pode-se obter maior especialização neste processo/função com o curso :

ITIL® Intermediário OSA – Operational, Support and Agreement.

Veja o calendário de cursos ILUMNA.

Para maiores informações fale com nossa área de treinamentos em treinamentos@ilumna.com.

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